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"ERRAR NÃO É HUMANO. ACERTAR É HUMANO."

QUANDO ERRAMOS DEVEMOS FICAR ATENTO A MENSAGEM QUE DEUS ESTÁ NOS ENVIANDO. ATRAVÉS DO ERRO, ELE ESTÁ CHAMANDO A NOSSA ATENÇÃO, PARA NOS MOSTRAR QUE NÃO SOMOS PERFEITOS.





JR



quinta-feira, 25 de junho de 2009

AINDA ONTEM EU TINHA VINTE ANOS

Ainda ontem
Eu tinha vinte anos
Acariciava o tempo
E brincava de viver
Como se brinca de namorar
E vivia a noite

Sem considerar meus dias
Que escorriam no tempo
Fiz tantos projetos
Que ficaram no ar
Alimentei tantas esperanças

Que bateram asas
Que permaneço perdido
Sem saber aonde ir
Os olhos procurando o Céu

Mas, o coração posto na Terra
Ainda ontem

Eu tinha vinte anos
Desperdiçava o tempo
Acreditando que o fazia parar
E para retê-lo, e até ultrapassá-lo

Só fiz correr e me esfalfar
Ignorando o passado
Que conduz ao futuro
Precedia da palavra “eu”

Qualquer conversação
E opinava que eu queria o melhor
Por criticar o mundo com desenvoltura
Ainda ontemEu tinha vinte anos

Mas perdi meu tempo
A cometer loucuras
O que não me deixa, no fundo

Nada e realmente concreto
Além de algumas rugas na fronte
E o medo do tédio
Porque meus amores

Morreram antes de existir
Meus amigos partiram
E não mais retornarão
Por minha culpa

Criei o vazio em torno a mim
E gastei minha vida
E meus anos de juventude
Do melhor e do pior
Descartando o melhor
Imobilizei meus sorrisos

E congelei meus choros
Onde estão agora
Meus vinte anos?

Charles Aznavour

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A RUA DOS CATAVENTOS

Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o sapateiro bater sola.

Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...

Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.

Ele trabalha silenciosamente
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do menino doente...

Triste encanto das tardes borralheiras
Que enchem de cinza o coração da gente!
A tarde lembra um passarinho doente
A pipilar os pingos das goteiras...

A tarde pobre fica, horas inteiras,
A espiar pelas vidraças, tristemente,
O crepitar das brasas na lareira...
Meu Deus... o frio que a pobrezinha sente!

Por que é que esses Arcanjos neurastênicos
Só usam névoa em seus efeitos cênicos?
Nenhum azul para te distraíres...

Ah, se eu pudesse, tardezinha pobre,
Eu pintava trezentos arco-íris
Nesse tristonho céu que nos encobre!...


Mário Quintana

QUARENTA ANOS

A vida é para mim, está se vendo,
uma felicidade sem repouso:
eu nem sei mais se gozo, pois que o gozo
só pode ser medido em se sofrendo.

Bem sei que tudo é engano, mas, sabendo
disso, persisto em me enganar... Eu ouso
dizer que a vida foi o bem precioso que eu adorei.
Foi meu pecado... Horrendo

Seria, agora que a velhice avança,
que me sinto completo e além da sorte,
me agarrar a esta vida fementida.

Vou fazer do meu fim minha esperança,
ó sono, vem!... Que eu quero amar a morte
Com o mesmo engano com que amei a vida.

MARIO DE ANDRADE

MADRIGAL MELANCÓLICA

O que eu adoro em ti
Não é tua beleza
A beleza é em nós que existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza
O que eu adoro em ti

Não é a tua inteligência
Mas é o espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu matinal da montanha
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas
O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio momento
Graça que perturba e que satisfaz
O que eu adoro em ti

Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai
O que eu adoro em tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza.
Nem a tua impureza
O que adoro em ti lastima-me e consola-me
O que eu adoro em ti é A VIDA !!!

MANUEL BANDEIRA

sábado, 20 de junho de 2009

SONETO DA DESPEDIDA

Uma lua no céu apareceu
Cheia e branca; foi quando, emocionada
A mulher a meu lado estremeceu
E se entregou sem que eu dissesse nada.
Larguei-as pela jovem madrugada

Ambas cheias e brancas e sem véu
Perdida uma, a outra abandonada
Uma nua na terra, outra no céu.
Mas não partira delas; a mais louca

Apaixonou-me o pensamento; dei-o
Feliz – eu de amor pouco e vida pouca
Mas que tinha deixado em meu enleio

Um sorriso de carne em sua boca
Uma gota de leite no seu seio.

Vinicius de Morais

SONETO DA FIDELIDADE

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Vinicius de Morais

SENTAR A JANELA

Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião...
A ansiedade de voar era enorme.

Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.

Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul.

Tudo era novidade e fantasia...

Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante.

As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia.

No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.

O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.

Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.

As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.

Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível.

O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona.
Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.

Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.

E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.

Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.

Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.

Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?

Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida.

A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.

Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.

Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.

A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante.
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.

Texto atribuído a Alexandre Garcia.

terça-feira, 16 de junho de 2009

GUARDADOR DE REBANHOS

Eu nunca guardei rebanhos
Mas é como se os guardasse
Minha alma é como um pastor
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado
Mas eu fico triste
Como um pôr de sol
Para a nossa imaginação
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores
Sem ela dar por isso
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada
Os meus pensamentos são contentes
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce
E parece que chove mais
Não tenho ambições
Nem desejos
Ser poeta não é ambição minha

É a minha maneira
De estar sozinho
E se desejo às vezes por imaginar
Ser cordeirinho ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo
É só porque sinto
O que escrevo ao pôr do sol
Ou quando uma nuvem
Passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos
Ou pelos atalhos

Escrevo versos num papel
Que está no meu pensamento
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro
Olhando para o meu rebanho
E vendo as minhas idéias
Ou olhando para as minhas idéias
E vendo o meu rebanho
E sorrindo vagamente
Como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende
Saúdo todos os que me lerem
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta
No cimo do outeiro
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem
Lendo os meus versos
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural
Por exemplo
A árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque
Cansados de brincar
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga da blusa riscada

ALBERTO CAIEIRO (FERNANDO PESSOA)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

UM DIA. O FIM

Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico.
Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios.
Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado.
Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz, hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.


Artigo da revista exame

TOQUES DE ELEGÂNCIA

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez, por isso, esteja cada vez mais rara e fora de moda: é a elegância do comportamento……

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples “obrigado” diante de uma gentileza……

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma,
nem fotógrafos por perto……

É uma elegância desobrigada……

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam……

E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca……

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas…...

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros…...

É possível detectá-la em pessoas pontuais……

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte, antes, quem está falando e só depois manda dizer se está ou se não está……

Oferecer flores é sempre elegante.É elegante não ficar espaçoso demais……

É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o quanto você teve que se desdobrar para o fazer…...

É elegante não mudar seu estilo, apenas para se adaptar ao outro…

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

“É elegante o silêncio, diante de uma rejeição”...…

Sobrenome, jóias e nariz empinado, não substituem a elegância do Gesto……

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante…...
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens.…..

...abrir a porta para alguém...é muito elegante……

...dar o lugar para alguém se sentar...é muito elegante.…..

...Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem imenso para a alma.…

...oferecer ajuda... é muito elegante.…..

...olhar nos olhos, ao conversar, é essencialmente elegante……

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas, tentar imitá-la, é improdutivo……

A saída é desenvolver, em si mesmo, a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigos”….. não tem que ter estas coisas……

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la……

Educação enferruja por falta de uso….

E…, um detalhe: não é frescura.
(Desconheço o autor)

sábado, 6 de junho de 2009

A ARTE DE NÃO ADOECER

Se não quiser adoecer...
...Fale de Seus Sentimentos.

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos “segredos”, nossos erros... O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia!

Se não quiser adoecer...
...Tome Decisões.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer...
...Busque Soluções.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer...
...Não Viva de Aparências.

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer...
...Aceite-se.

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer...
...Confie.

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer...
...Não Viva Sempre Triste.

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia!

DR. DRAUZIO VARELLA

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AO PÉ DO FAROL

Li, certa vez que, ao pé do Farol, não há luz.

Mas, e o que dizer, quando falamos não de uma proximidade geográfica, mas emocional, como na relação entre pai e filho, por exemplo?

Somente hoje, distante de meu pai, vejo o suficiente para enxergar, com relativa nitidez, a luz de seu Farol e para compreender a liberdade acolhedora de seu amor que, à época, eu percebia como sufocante e limitador.

Foi preciso jogar-me ao mar, navegar nas ondas e intempéries daquilo a que chamamos vida, para vislumbrar não somente em que me tornei, mas também para reconhecer a segurança do porto de onde parti.
Só assim pude entender não apenas o que hoje sou, mas de que raízes brotei...

Lembro-me de, quando jovem, ter dado a meu pai um livro do genial poeta Kahlil Gibran. No capítulo "Dos Filhos", Gibran escreve:

"Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma."

Eu, como todo jovem, clamava por liberdade.

E,como jovem, ignorante e esquecido dos perigos do desconhecido, enxergava apenas o mar que à minha frente se expandia.

Dar o livro a meu pai era como dizer a ele:

"me deixa viver, me conceda a liberdade plena da experiência."

Lembro que toda vez que discutíamos sobre liberdade ele me falava dos perigos que a vida nos reserva.

Mas eu, que estava ao pé do Farol, enxergava apenas a beleza do horizonte e meus olhos não percebiam a dureza do percurso...

Hoje sou pai.

Os filhos crescem, amadurecem, e percebo que, como muitos pais, continuo a tratá-los como se tivessem sempre a mesma idade, a mesma mentalidade, as mesmas fraquezas...

Como hoje eu entendo que, para aprender a navegar, precisamos desafiar os tormentos e as borrascas do mar, é chegada a hora de aceitar um dos inevitáveis desígnios da vida:

se nossos filhos estão ao pé do Farol, eles só poderão ver a luz se entrarem mar adentro...

E o melhor que podemos fazer, é desejar-lhes boa viagem.

E torcer para que carreguem consigo um pouco de suas raízes.
(Desconheço o autor)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

SAPATOS SUJOS

Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos.

À porta da modernidade precisamos de nos descalçar.

Eu contei “Sete Sapatos Sujos” que necessitamos de deixar na soleira da porta dos tempos novos.

Haverá muitos. Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:

Primeiro Sapato
A ideia de que os culpados são sempre os outros.

Segundo Sapato
A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho.

Terceiro Sapato
O preconceito de que quem critica é um inimigo.

Quarto Sapato
A ideia de que mudar as palavras muda a realidade.

Quinto Sapato
A vergonha de ser pobre e o culto das aparências.

Sexto Sapato
A passividade perante a injustiça .

Sétimo Sapato
A ideia de que, para sermos modernos, temos que imitar os outros.

MIA COUTO – ESCRITOR MOÇAMBICANO

A REVOLUÇÃO DA ALMA

Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto " Revolução da Alma"no ano 360 A.C. mais ou menos, e é eterno.


Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.

Não coloque objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.

Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto"para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.

Pare de esperar a felicidade sem esforços.

Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Critique menos, trabalhe mais.

E, não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor.

Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."

segunda-feira, 1 de junho de 2009

OFICINA IRRITADA

Eu quero compor um soneto duro

como poeta algum ousara escrever.

Eu quero pintar um soneto escuro,

seco, abafado, difícil de ler.

Quero que meu soneto, no futuro,

năo desperte em ninguém nenhum prazer.

E que, no seu maligno ar imaturo,

ao mesmo tempo saiba ser, năo ser.

Esse meu verbo antipático e impuro

há de pungir, há de fazer sofrer,

tendăo de Vênus sob o pedicuro.

Ninguém o lembrará: tiro no muro,

căo mijando no caos, enquanto Arcturo,

claro enigma, se deixa surpreender.

(Carlos Drumond)

RETORNO

Meu ser em mim palpita como fora

do chumbo da atmosfera constritora.

Meu ser palpita em mim tal qual se fora

a mesma hora de abril, tornada agora.

Que face antiga já se năo descora

lendo a efígie do corvo na da aurora?

Que aura mansa e feliz dança e redoura

meu existir, de morte imorredoura?

Sou eu nos meus vinte anos de lavoura

de sucos agressivos, que elabora

uma alquimia severa, a cada hora.

Sou eu ardendo em mim, sou eu embora

năo me conheça mais na minha flora

que, fauna, me devora quanto é pura.

(Carlos Drumond)

VANDALISMO

Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.

Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.

Com os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos...

E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!


(AUGUSTO DOS ANJOS)